Wednesday, March 19, 2008

OBRAS COMPLETAS DE WENCESLAU DE MORAES




Cada volume MOP 100



Já publicados

TRAÇOS DO EXTREMO-ORIENTE
DAI NIPPON
O CULTO DO CHÁ
O BONO-DORI EM TOKUSHIMA
O-YONÉ E KO-HARU
RELAÇÃO DA HISTÓRIA DO JAPÃO
RELAÇÃO DA ALMA JAPONESA
PAISAGENS DA CHINA E DO JAPÃO
OS SERÕES NO JAPÃO

no prelo
CARTAS


O autor
Wenceslau José de Sousa de Moraes (1854-1929) nasceu em Lisboa e faleceu em Tokushima, Japão. Frequentou a Escola Naval, tendo feito várias viagens como oficial da Marinha de Guerra pela América, África e Ásia. Fixa-se em Macau em 1889, depois de nomeado imediato da capitania do porto, inspector do ópio e professor, convivendo com Camilo Pessanha , seu amigo. É nomeado em 1899 cônsul no Japão. Após a morte da gueixa com que passou a viver, pede exoneração do cargo (1913) e radica-se definitivamente em Tocushima, entregando-se aí à actividade literária. É um dos mais importantes autores portugueses que trataram literariamente assuntos ligados ao Oriente, em especial o Japão.
O primeiro contacto de Moraes com o Japão data de meados de 1889. Nessa ocasião, com a idade de 35 anos, não era um estreante no Oriente. Já em 1885 , como oficial da Marinha, andara por Zanzibar, Colombo, Singapura e Timor, e desde Abril de 89 vivia na China portuguesa, em Macau. Aqui continuou a carreira militar e integrou a equipa fundadora de professores do Liceu, em 1894. Em 1898, transfere-se definitivamente para o Japão, deixando para trás a mulher chinesa e os dois filhos que dela tivera.
É bastante impressionante o efeito que o Japão causa sobre a sensibilidade de Moraes. Desde aquele primeiro contacto que a sua escrita se transforma: não é mais o melancólico cronista que descreve as misérias da condição humana no Oriente, nem o condoído e às vezes cínico espectador dos dramas que seu olhar agudo ia descobrindo no dia-a-dia chinês. Desde que põe os olhos no Japão, Moraes se transforma, exulta, crê redescobrir o paraíso terrestre, que trata de apreender pela escrita, entusiasmado. Fascina-o primeiramente a paisagem, que julga a mais bela de quantas viu pelo mundo. Depois, o quotidiano do povo, integrado na paisagem e no ritmo da Natureza, imbuído de arte e de sentido estético. Finalmente, a mulher japonesa, símbolo e resumo das qualidades da vida nipónica.

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